maio 10, 2011

Capítulo XXIII

Após visitar várias lojas, sozinha ou acompanhada, decidiu-se pela simplicidade e beleza do bordado Inglês. A madrinha Berta após lhe oferecer o lindo vestido de noiva perguntou-lhe:
- Agora vamos escolher o ramo?
- Não é preciso…
- Claro que é, a madrinha sou eu, e depois nunca vi uma noiva sem ramo, ah, ah, ah…
- Mas já tenho, e para usar só alguns minutos, não é preciso gastar muito, ah, ah, ah.
- Pois tens razão, mas quero que seja tudo a teu gosto…
- E é… a beleza da simplicidade não tem preço…
- Também acho…
- Queres ver, qual a minha ideia?
- Claro que quero… estou curiosa…
Alexpinheiro acabou por experimentar o vestido, ali mesmo na loja, pois permanecia deserta. Berta apreciava-a com gosto, enquanto ela completava o vestido branco com o véu e, finalizou o conjunto com um ramo de rosas cor-de-rosa.
- Então que me dizes?
- Giríssimo, vais ficar uma noiva linda!
- Obrigada, pelo elogio e pelo vestido, eh eh.
- Não tens de quê! O prazer é meu, afilhada, para isso é que servem as madrinhas ah ah ah…

Alexandra, quando se encontrou sozinha em sua casa, na Second Life, experimentou novamente os acessórios. Queria escolher os melhores, mais formosos e aptos à sua personalidade e ao conjunto escolhido por ela. O vestido branco, embora trouxesse um véu bordado, ela preferiu e completou, a sua fatiota, com outro véu. O que se adaptava lindamente ao restante e que possuía uma grinalda feita de rosas brancas. Adaptou também o seu cabelo cor-de-rosa, pois era aquele que ficava melhor com o conjunto, e o que sobressaía com o bouquet, apesar de ter sido o primeiro, era também o seu preferido.

Foi também durante essa semana, que Ilária lhe mandou o livro, como tinha prometido. O tão esperado livro de histórias infantis, que ela própria escrevera uns meses antes, estava lindo. Quando na vida real, Alexandra exibia e mostrava a sua obra, a terceiros, perguntavam-lhe constantemente:
- Está tão giro… a ilustração está uma fofura, quando é que vai sair em Português?
- Pois é, não sei e o mais certo é nunca!
- Oh, que pena… eu queria! Mas em Italiano, não percebo nada!
- Infelizmente é assim, neste país…
- Realmente… bastava fazer a tradução!
- Sim, mas eu tenho as histórias em português, pois fui eu qu.e as fiz!
- Então… é fácil…
- Achas? Se eu pudesse mandava publicar, os contos, à minha custa, mas infelizmente, não posso, nem depende de mim…
- Podes crer que teria bastante êxito!
- Acredito, mas o êxito para mim, seria orgulhar-me ao ver as crianças felizes por lerem o que eu escrevi.
- Então só resta esperar.
- Espera como eu, sentada, ao menos não te cansas… ah ah.
- Não sejas pessimista…
- Eu até sou optimista, só que ao ver certas coisas, sinto-me obrigada a pensar assim.
- Acredito… mas nunca desanimes…
- Nunca dão as oportunidades a quem precisa, mas quando existe uma solução, vem logo tudo atrás…
- É verdade e é triste…
- O saber esperar é uma virtude. Certo?
- Certíssimo… eh, eh.
- Então… eh, eh.
- Então o quê?
- Espero sentada… ah, ah, ah… nunca se sabe…

Os convites de noivado, que Nyne tinha feito especialmente para Alex, foram-lhe enviados no dia, ou melhor, na noite, anterior ao casamento, em cima da hora, mas era o menos. Estavam optimamente bem feitos, eram idênticos a um livro que continha a foto de ambos, havia nos dois dialectos, francês e português.
- Desculpa, sei que estou atrasada!
- Não te preocupes…
- Estive muito ocupada, esta semana, uf…
- Ainda chegaram antes do casamento… por isso…
- Em cima da hora… ah, ah, ah…
- Seria pior se fosse depois, ah, ah, ah…

A amizade que mantinha com Bertrand continuava e, por isso, era merecedora de um convite. Alexandra mandou também a vários amigos e amigas, alguns apareceram mas outros não. O importante é que tudo correu bem e foi uma cerimónia internacional, onde se juntaram desde espanhóis a alemães, italianos a franceses etc…
- Falta a noiva! Dizia-lhe Nyne em IM.
- Vou já, normalmente a noiva faz-se esperar, não é?
- Pois… mas sem exagerar! O Michel já está nervoso ah, ah, ah…
- Ah, ah, ah, o padre, sempre veio?
- Infelizmente continua sem Internet, e está nervoso e triste. Mas já contratamos outro, uma mulher!
- Uma padra… que engraçado, ah, ah, ah…
- Ah, ah, ah, pois, teve que ser! Há última da hora…
- Esta bem, assim é diferente, ah, ah, ah.
- Despacha-te, está tudo à tua espera…


Depois de trocarem as alianças e adicionarem os nomes dos conjures nos respectivos perfis, foram dançar, durante duas horas. Rocky tinha contratado dois cantores, para cantarem ao vivo, na festa. Alexandra viu como estava tudo tão bem feito, até parecia real…

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